Lista de Livros que tratam do tema

  • Despertar dos Mágicos - Jaques Bergier e Louis Pauwels,
  • O Livro dos Danados - Charles Fort,

sábado, 30 de abril de 2011

O Disco de Nebra

O Disco de Nebra é uma placa em bronze com aplicações a ouro, originária da Idade do Bronze, onde se crê estarem representados fenômenos astronômicos e símbolos religiosos. É considerada como a mais antiga representação objetiva do firmamento (abóbada celeste) e, conseqüentemente, um dos achados arqueológicos mais significativos da nossa época.

O disco foi encontrado numa câmara de pedra, enterrado cuidadosamente na vertical, durante escavações ilegais em 1999 em Mittelberg, nas proximidades da cidade de Negra em Sachsen-Anhalt, Alemanha. De acordo com outros achados originários da mesma escavação (espadas de bronze, machados, entre outros) deduz-se que o disco terá sido enterrado em c. 1600 a.C., e criado entre 1700 a 2100 a.C.. Desde 2002 o disco pertence ao espólio do Museu Pré-Histórico de Sachsen-Anhalt em Halle.



A placa apresenta uma forma circular com perímetro de cerca de 32 centímetros, uma espessura que varia entre os 4,5 milímetros no centro e 1,7 milímetros nas extremidades, e pesa aproximadamente 2 quilogramas. O disco é feito de bronze, uma liga metálica de cobre e estanho, sendo que o seu cobre é oriundo da região de Mühlbach am Hochkönig (Áustria) na zona oriental dos Alpes. Juntamente com uma reduzida percentagem de estanho de 2,5%, apresenta uma percentagem de arsênio de 0,2, quantidade típica para a Idade do Bronze. A placa terá sido aquecida diversas vezes com o objetivo de evitar rachas no material levando a que assumisse uma coloração entre o castanho escuro e o preto. A coloração esverdeada atual do disco deve-se a uma camada de corrosão de malaquite que surgiu só após um longo período de enterramento.
Relativamente à interpretação, as opiniões dos especialistas divergem, sendo que não é possível afirmar com certeza qual o significado de cada elemento.

Os pequenos círculos de ouro representam possivelmente estrelas, onde o agrupamento de destaque composto por 7 círculos poderá ser a representação do aglomerado estelar das Plêiades, pertencentes à constelação Taurus. As outras estrelas não são identificáveis, deduzindo-se que se tratem de elementos puramente decorativos arranjados de modo a dar a idéia de céu estrelado.
O grande círculo da esquerda é interpretado como um sol ou uma lua cheia, e a forma da direita como uma lua em quarto-crescente.

Os dois arcos laterais representarão os locais onde se levanta e põe o sol ao longo do ano. O ângulo que abarcam, de 82º, equivale ao ângulo que formam o levantamento e o ocaso solar entre os solstícios de Inverno e de Verão na latitude em que o disco foi encontrado.
A barca solar aparenta ter mais relação com a religião de que com a astronomia. É encontrada por toda a Europa em escavações arqueológicas que remetem para a Idade do Bronze e é bastante freqüente nas pinturas rupestres escandinavas.





O disco orientado entre os montes Mittelberg e Brocken com representação do pôr do sol.


Início do Outono e da Primavera: pôr do sol na altura do equinócio. O monte Brocken está a 41º à direita do sol. 
Solstício de Inverno: o pôr do sol alcança o ponto mais a Sul. O monte Brocken está a 82º à direita do sol.

A chuva vermelha de Kerala


Entre 27 de julho e 23 de setembro de 2001 esporadicamente caiu, no estado de Kerala, ao sul da Índia, uma chuva vermelha. Pesadas torrentes ocorreram nas quais a chuva tinha cor vermelha, manchando roupas com uma aparência similar à do sangue. Chuvas amarelas, verdes e vermelhas também foram registradas.

Inicialmente suspeitava-se que a chuva teria sido colorida por um meteoro hipotético que teria queimado na atmosfera, mas um estudo realizado pelo governo da Índia descobriu que a chuva tinha sido colorida por esporos aéreos, carregados pelo vento, de um tipo local e prolífero de alga terrestre. No início de 2006 a chuva colorida de Kerala ganhou atenção mundial depois de que a mídia levantou a conjectura de que a cor teria vindo de células extraterrenas. Essa hipótese foi proposta por Godfrey Louis e Santhosh Kumar da Universidade Mahatma Gandhi, em Kottayam. A origem terrestre do material sólido foi confirmada por uma investigação baseada nas taxas de isótopos de nitrogênio e carbono.

Morte misteriosa de animais é o primeiro episódio sombrio de 2011


No último dia de 2010, cerca de 5.000 pássaros negros caíram mortos sobre a cidade de Beebe, no Estado americano de Arkansas. Um dia antes, 100 mil peixes foram encontrados boiando sem vida, num rio do município de Ozark, também em Arkansas. No terceiro dia de 2011, foi a vez de 500 aves do Estado também sulista da Louisiana. Choveu pássaro morto até na Suécia. Estava estabelecido o primeiro mistério sombrio do ano.
O professor Jeffrey Fisher, da Universidade da Geórgia, para onde foram mandados alguns dos pássaros mortos em Beebe, determinou que não há indícios de doenças nos animais.

- Numa primeira análise concluímos que os pássaros morreram de estresse, de choque. Seus corpos apresentam sinais de que tenham se chocado contra algo sólido. Achamos que foram colisões com torres de alta voltagem na região, que é também zona de acasalamento dessa espécie.
A explicação, porém, não convence a muitos. Além das inevitáveis teorias de conspirações, a internet imediatamente captou palpites de cientistas sérios. Esses duvidavam das primeiras explicações para o evento.

Um dos céticos é o professor Roger Taylor, da Universidade da Pensilvânia.

- Estresse não causa traumas físicos semelhantes ao choque de uma vítima contra algo sólido. As explicações da equipe da Universidade da Geórgia não fazem sentido. Isso, sem contar com a mortandade na Louisiana e os 100 mil peixes num rio não poluído e que não teve cheia exagerada.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

As baterias elétricas de 2.200 anos de Bagdá !


De acordo com a tradição científica, o conde Alessandro Volta inventou a pilha voltaica em 1800. Volta desenvolveu a pilha voltaica (comprovando que, para a produção de eletricidade, a presença de tecido animal não era necessária), um predecessor da bateria elétrica. Volta determinou que os melhores pares de metais dissimilares para a produção de eletricidade eram zinco e prata.

Inicialmente, Volta experimentou células individuais em série, cada célula sendo um cálice de vinho cheio de salmoura na qual dois eletrodos dissimilares foram mergulhados. A pilha elétrica substituiu o cálice com um cartão embebido em salmoura. O número de células, e consequentemente, a tensão elétrica que poderiam produzir, estava limitado pela pressão exercida pelas células de cima, que espremiam toda a salmoura do cartão da célula de baixo.
Porém, a invenção da pilha elétrica pode ser muita mais antiga !
Em 1938, enquanto trabalhava em Khujut Rabu, perto de Bagdá, no Iraque, o arqueólogo alemão, Wilhelm Konig desenterrou uma jarra de barro medindo 13 cm, contendo um cilindro de cobre o qual envolvia uma barra de ferro. Como o vaso apresentava sinais de corrosão, testes revelaram resquícios de elementos ácidos como vinagre ou vinho.                            

Após essa primeira descoberta,  vários artefatos semelhantes, datados de cerca de 200 A.C. foram desenterradas no Iraque. Apesar da maioria dos arqueólogos concordarem tratar-se de baterias, há muitas controvérsias de como elas tenham sido concebidas e para quais propósitos foram construídas. Para produzir corrente elétrica, são necessários dois metais com diferentes potenciais elétricos, imersos em uma solução eletrolítica para permitir a mobilidade de elétrons entre os metais. Foram construídas réplicas usando o mesmo esquema, isto é, jarros de barro, um cilindro de cobre envolvendo uma barra de ferro, imersos em vinagre, vinho ou suco de frutas cítricas. O resultado foi a produção de corrente elétrica de até 2 volts. Teoricamente, ligadas em série, essas baterias poderiam gerar correntes de voltagem mais alta.

Especula-se que tenham sido utilizadas com propósitos medicinais, como anestésicos, embora dispusessem de outros meios para o alívio da dor. Outra corrente defende o uso das baterias na cobertura de peças com finíssimas camadas de metais preciosos como prata e ouro. Isso explicaria o fato, também estranho, de se ter encontrado peças antigas, revestidas de prata ou ouro com indícios da aplicação dessa técnica.  Existem até aqueles que defendem o uso de tais baterias como meio de produzir efeitos mágicos nos rituais religiosos para impressionar e mistificar os leigos, explicação essa por demais simplória. Qualquer que seja o caso, os artefatos existem e parece haver concordância entre os pesquisadores de que sejam realmente baterias.

A Máquina de Anticítera

A chamada máquina de Anticítera é um artefato antigo, que acredita-se tratar-se de um antigo mecanismo para auxílio à navegação.

O mecanismo original está exposto na coleção de bronze do Museu Nacional de Arqueologia de Atenas, acompanhado de uma réplica. Outra réplica está exposta no Museu Americano do Computador em Bozeman, Montana.

Os restos do artefato foram resgatados em 1900, juntamente com várias estátuas e outros objetos, por mergulhadores, à profundidade de aproximadamente 43 metros na costa da ilha grega de Anticítera, entre a ilha de Citera e a de Creta. Datado de 87 a.C., em 17 de maio de 1902, o arqueólogo Spyridon Stais notou que uma das peças de pedra possuía uma roda de engrenagem. Daí em diante, tornou-se um dos mistérios mais enigmáticos da História da Ciência.

Derek J. de Solla Price, historiador científico na Universidade de Yale, publicou um artigo sobre o mecanismo em Scientific American em Junho de 1959 enquanto o mecanismo estava apenas sendo inspecionado [1]. Em 1973 ou 1974, publicou uma análise baseada no mapeamento de raios gama por arqueólogos gregos. Price afirmou na ocasião que o aparelho teria sido construído por um astrônomo grego, Geminus de Rhodes, mas a sua conclusão não foi aceita pelos especialistas à época, que acreditavam que os antigos gregos tinham o conhecimento para tal máquina, mas não a habilidade prática necessária para construí-la.

Em 1996, o físico italiano Lucio Russo (professor na Universitá di Roma "Tor Vegata") publicou um artigo enfocando novas luzes na questão. O artigo foi traduzido e publicado em inglês em 2004 sob o título de "The Forgotten Revolution: How Science Was Born in 300 BC and Why it Had to Be Reborn".
A partir de setembro de 2005, a companhia americana de computadores Hewlett-Packard contribuiu na pesquisa com um sistema de reprodução de imagens que facilitou a leitura de textos, que haviam se tornado ininteligíveis devido à passagem do tempo.

Anticitera Original :




Em dezembro de 2006, o astrônomo grego Xenofondas Musas, diretor do departamento de Física e Astronomia da Universidade de Atenas, anunciou durante a sua apresentação, em Atenas, que cientistas gregos e estrangeiros haviam decifrado o enigma sobre a relíquia de Anticítera. Chegou-se à conclusão de que o engenho de metal de complicadas combinações de engrenagens é um computador e um aparelho para a astronomia.

A máquina de Anticítera, não descrita em nenhuma fonte sobrevivente, revela que o nosso conhecimento de tecnologia antiga é incompleto.

Entre as novas descobertas, está a de que os povos antigos faziam referências a locais como Alexandria e a Espanha. O artefato de Anticítera podia realizar cálculos de astronomia e determinar a posição dos planetas desde o século I a.C., data que se estima para a sua construção. Os cientistas concordaram que se trata de uma evolução do planetário construído por Arquimedes e das construções megalíticas de Stonehenge, na Inglaterra.

Intensamente estudado entre o final da década de 1950 e o início da década de 1970, o mecanismo é composto por trinta engrenagens de bronze, feitas à mão, e organizadas de modo a representar mecânicamente a órbita da Lua e de outros planetas do Sistema Solar. Primitivamente teria sido protegido por uma caixa ou moldura de madeira, constituíndo-se no mais antigo computador analógico hoje conhecido.
O artefato é notável porque empregava, já no século I a.C., uma engrenagem diferencial, que acreditava-se ter sido inventada apenas no Século XVI, e pelo nível de miniaturização e complexidade de suas partes, comparável às de um relógio feito no século XVIII.

Uma reconstrução parcial do artefato foi feita pelo cientista da computação australiano Allan George Bromley (1947–2002) da Universidade de Sydney junto com o relojoeiro Frank Percival. Esse projeto levou Bromley a rever a análise de raios-X feita por Price e fazer novas imagens de raios-X, mais precisas, que foram estudadas pelo aluno de Bromley, Bernard Gardner, em 1993.

Posteriormente, John Gleeve, um fabricante de planetários britânico, construiu uma réplica funcional do mecanismo. De acordo com sua reconstrução, o mostrador frontal mostra a progressão anual do Sol e da Lua através das constelações, contrário ao Calendário Egípcio. A parte superior traseira mostra um período de quatro anos e possui mostradores associados que apresentam o Ciclo Metônico de 235 meses sinódicos, que igualam a 19 anos solares. A parte inferior mostra esquemas do ciclo de um único mês sinódico, com um mostrador secundário mostrando o ano lunar de 12 meses sinódicos.



Outra reconstrução foi feita em 2002 por Michael Wright, engenheiro mecânico curador do Museu da Ciência de Londres, trabalhando com Allan Bromley. Ele analisou o mecanismo usando tomografia linear, a qual podia criar imagens de um plano focal mais direto e, então, visualizar as engrenagens em maiores detalhes. Na reconstrução de Wright, o aparelho não apenas modelava os movimentos do Sol e da Lua, mas de cada corpo celestial conhecido pelos gregos antigos: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
Essa nova reconstrução deu crédito a antigas menções de tais aparelhos. Cícero, no século I a.C., menciona um intrumento "recém-construído por nosso amigo Posidonius, que, a cada revolução reproduz os mesmos movimentos do Sol, da Lua e dos cinco planetas". Tais aparelhos são mencionados em outros lugares também. Também dá crédito à idéia de que havia uma antiga tradição grega na tecnologia de mecânica complexa que foi transmitida pelo mundo árabe, onde aparelhos similares, porém mais simples, foram encontrados posteriormente, e poderiam ter sido entregues ou incorporados aos fabricantes de relógio e guindastes europeus. Alguns cientistas acreditam que os aparelhos não apenas foram utilizados para visualizar corpos celestiais, mas para calcular sua posição para eventos ou nascimentos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Australopithecus vivos ! - O Almas da Ásia Central


O Sasquatch e o Yeti, pelas descrições disponíveis, são grandes e muito simiescos. Mas existe outro homem selvagem, o Almas, que parece menor e mais humano. Relatos ligados ao Almas concentram-se numa área que se estende desde a Mongólia, ao norte, passando ao sul por Pamirs, para em seguida rumar para o oeste, na região do Cáucaso. Relatos semelhantes vêm da Sibéria e de partes do extremo nordeste da República Russa.
No início do século XV, Hans Schiltenberger foi capturado pelos turcos e enviado à corte de Tamerlane, que o colocou no séquito de um príncipe mongol chamado Egidi. Após regressar à Europa, em 1427, Schiltenberger escreveu sobre suas experiências, que incluíam homens selvagens: as próprias montanhas vivem pessoas selvagens que nada têm em comum com os seres humanos. Uma pele de animal cobre todo o corpo dessas criaturas. Apenas as mãos e o rosto estão livres de pêlos. Elas correm a esmo pelas colinas como animais e comem folhagem e grama e qualquer outra coisa que possam encontrar. O senhor do território presenteou Egidi com um casal de silvícolas, um homem e uma mulher. Eles haviam sido capturados na selva.
Encontra-se um desenho de um Almas num compêndio mongol de remédios do século XIX, remédios estes obtidos de diversas plantas e animais. Myra Miackley observou: "O livro contém milhares de ilustrações de diversas classes de animais (répteis, mamíferos e anfíbios), mas nem um só animal mitológico como aqueles conhecidos a partir de livros medievais europeus. Todas essas criaturas ainda vivem e podem ser observadas hoje. Não parece haver razão nenhuma para sugerir que o Almas também não tivesse existido, e as ilustrações parecem sugerir que ele foi encontrado entre hábitats rochosos nas montanhas".
Em 1937, Dordji Meiren, membro da Academia Mongólica de Ciências, viu a pele de um Almas num mosteiro no deserto de Gobi. Os lamas a usavam como tapete em alguns de seus rituais.

Uma sola de sapato pré-histórica em Nevada

Em 8 de Outubro de 1922, o caderno "American Weekly" do jornal NewYork Sunday American publicou um artigo de destaque intitulado  : “Mistério da 'sola de sapato' petrificada de cinco milhões de anos", pelo dr. W. H Bailou. Bailou escreveu: "Algum tempo atrás, enquanto explorava fósseis em Nevada, John T. Reid, destacado engenheiro de minas e geólogo, parou de repente e olhou para baixo em total perplexidade e espanto para uma rocha perto de seus pés. Pois ali, numa parte da própria rocha, estava o que parecia ser uma pegada humana! Uma inspeção mais rigorosa mostrou que aquela não era a marca de um pé nu, mas que era, aparentemente, uma sola de sapato que se transformara em pedra. A parte dianteira estava faltando. Mas havia o delineamento de pelo menos dois terços dela, e em volta desse delineamento passava um fio costurado e bem definido que tinha, segundo parecia, colado o debrum à sola. A seguir havia outra linha de costura e, no centro, onde teria pousado o pé se o objeto tivesse sido mesmo uma sola de sapato, havia uma reentrância, exatamente como teria sido feita pelo osso do calcanhar esfregando e desgastando o material com que a sola havia sido feita. Desse modo, encontrou-se um fóssil que é o maior mistério da ciência hoje. Pois a rocha em que foi encontrado tem pelo menos cinco milhões de anos!"

Reid trouxe o espécime para Nova York, onde tentou levá-lo à atenção de outros cientistas. Reid registrou: "Chegando a Nova York, mostrei esse fóssil ao dr. James F. Kemp, geólogo da Columbia University, e aos professores H. F. Osborn, W. D. Matthew e E. O. Hovey, do Museu Americano de História Natural. Todos esses homens chegaram à mesma conclusão, no sentido de que 'se tratava da mais impressionante imitação natural de um objeto artificial que eles já tinham visto'. Esses peritos concordaram, contudo, que a formação rochosa era triássica, e os fabricantes de sapatos concordaram que originalmente o espécime era uma sola costurada à mão. O dr. W. D. Matthew escreveu um breve relatório sobre a descoberta declarando que, apesar tal todas as semelhanças com um sapato, incluindo os fios com os quais havei sido costurado, tratava-se apenas de uma notável imitação, um lusus naturae, ou um “Capricho da Natureza.

Reid, a despeito da exclusão de Mathew, persistiu: Em seguiuda. entrou em contato com um microfotógrafo e um químico analítico do Instituto Rockefeller que, de fora, de modo a não transformar isso num assunto do Instituto, tirou fotos e fez análises do espécime. As análises eliminaram quaisquer dúvidas quanto ao fato de a sola de sapato ter estado sujeita à fossilização triássica. Ampliações microfotográficas são vinte vezes maiores do que o próprio espécime, mostrando os mais diminutos detalhes da torção e urdidura do fio, e provando, de forma conclusiva, que a sola de sapato não é uma semelhança, mas estritamente o trabalho manual do homem. Mesmo a olho nu, podem-se ver distintamente os fios e os delineios de perfeita simetria da sola de sapato. A rocha triássica portadora da sola de sapato fóssil é hoje reconhecida como tendo bem mais do que cinco milhões de anos. Em geral, o período triássico é datado em 213 a 248 milhões de anos de idade.